Deusa nativa do Pantanal Belíssima Índia de preto Tu és encanto e beleza Pura, virgem e serena Possuis uma doçura de mel Confeitando tua pele morena !
Teu meigo semblante se compara Ao frescor da afável madrugada O lindo e longo cabelo negro Com uma flor nele ornamentada E o escultural corpo pintado Deixas-te mais sensualizada !
Princesa filha da tribo Bela quão uma orquídea pantaneira Livre nos braços do deus do vento És uma donzela ladina e solteira Entre ao natural da relva florestal Vives alegre, sorrindo e faceira !
Teu sorriso cativante e brejeiro Faz-te tão graciosa como uma flor E em teus negros olhos moram O feitiço da paixão e do amor Meus olhos quando te olham Do desejo ardente, sente o calor !
Tens a beleza de um colibri Voando livre entre os serrados Meiga, misteriosa e encantada De corpo naturalmente bronzeado Como desenhada pelo deus tupã Que nos astros celestes, foi inspirado !
O sol e a lua a admira e invejam O teu sorriso cândido, maroto e belo Maga flôr nascida no campo Com a natureza tu tens um fecundo elo És uma preciosa jóia pantaneira Digna de habitar um nobre castelo !
Sua pele tem um pulcro brilho Tal como a pele de uma Ariranha Acetinando sua nudez indígena Que sem culpa, tu expõe risonha És a mais bela das índias brasileiras Meu apaixonado coração, contigo sonha !!